Conselho de Desenvolvimento une diferentes setores por soluções viáveis para o país 17 de julho de 2025 A Hora e a Vez da Pequena Empresa O programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa” desta semana foi gravado no anexo do Palácio do Planalto, no gabinete do novo secretário do Conselho de Desenvolvimento Econômico-Social Sustentável (CDESS), Olavo Noleto. Conhecido como Conselhão, o órgão atua como instância consultiva do governo federal, reunindo representantes de diferentes setores da sociedade para debater temas estratégicos e propor soluções que promovam o desenvolvimento do país. A proposta do Conselho é pensar o Brasil de forma coletiva, articulando vozes diversas — sociais, econômicas e políticas — em torno de avanços concretos e sustentáveis. O secretário destacou o papel dos pequenos negócios como motores da economia brasileira. Valorizar o empreendedorismo de base é reconhecer a força que sustenta boa parte da geração de empregos e da atividade econômica no país. Essa percepção está alinhada ao espírito do Conselhão, cuja missão é justamente articular vozes plurais em torno de soluções concretas. A atuação da instância consultiva se dá, muitas vezes, longe das câmeras, mas sempre com foco no interesse público. É um trabalho que exige escuta ativa, envolvimento genuíno e capacidade de construir pontes entre diferentes visões de mundo. A diversidade que compõe o órgão é apontada como uma de suas maiores riquezas. A convivência entre posições, muitas vezes antagônicas, como banqueiros e sindicalistas, representantes do agronegócio e ativistas ambientais, é encarada não como um obstáculo, mas como uma oportunidade. O contraditório, nesse espaço, não paralisa, ele fertiliza. As divergências, longe de se anularem, alimentam consensos possíveis, capazes de dar forma a políticas públicas que reflitam a complexidade do Brasil contemporâneo. Desse ambiente plural nascem entregas concretas. Um dos exemplos recentes é o plano Brasil Digital 2030+, concebido após longos debates sobre infraestrutura tecnológica, letramento digital, inteligência artificial e os impactos do avanço digital no mundo do trabalho. A proposta resultou na criação da City Digital, instância que coordenará a política digital do governo federal. O que mais chama atenção nesse processo é a disposição dos conselheiros de não apenas debaterem, mas entregarem. O foco está menos na estética das ideias e mais na viabilidade dos caminhos Outro avanço citado foi o programa Acredita, idealizado a partir das discussões do Comitê Temático de Finanças. A proposta surgiu como resposta direta à realidade de milhões de brasileiros presos a dívidas antigas e juros abusivos. A demanda, reforçada pelo presidente Lula, deu origem a uma política voltada à reestruturação financeira dos pequenos empreendedores. A meta é permitir que migrem para linhas de crédito mais acessíveis, promovendo a retomada de negócios, preservando empregos e estimulando a economia real. A clareza do diagnóstico e a objetividade na construção de mecanismos tornam o programa um exemplo da capacidade do Conselhão de transformar desafios em soluções. Esse papel de ponte entre a sociedade civil e o governo exige coordenação permanente. O processo de organização das ideias, sistematização das propostas e tradução das demandas em políticas robustas depende de uma articulação qualificada. O Conselho conta hoje com 249 integrantes, vindos de todas as regiões do país e dos mais variados setores, do sindicalismo ao empresariado, das pautas sociais às ambientais, o que garante representatividade e legitimidade, segundo Olavo. Além do conhecimento técnico, os conselheiros também oferecem um capital simbólico fundamental para a construção de consensos. Com uma atuação ampla, essa frente de articulação mira agora uma agenda de longo prazo. Entre as 55 frentes de trabalho em andamento, temas como primeira infância, agricultura, transição energética e micro e pequenas empresas apontam para a necessidade de uma visão estratégica para o país. A meta é consolidar essas iniciativas em dois grandes marcos: uma contribuição efetiva à Estratégia Brasil 2050, coordenada pelo Ministério do Planejamento, e um conjunto de pilares para um projeto nacional que sirva como bússola para o futuro, independentemente do governo que estiver à frente. Na conclusão da entrevista, o secretário do CDESS fez um convite à participação coletiva. O debate sobre as mudanças climáticas precisa ganhar protagonismo, especialmente em um ano marcado pela realização da COP no Brasil. Longe de ser um tema restrito aos acordos internacionais, a pauta ambiental afeta diretamente o cotidiano da economia, sobretudo dos empreendedores de base. Impacta o crédito, o emprego, a produção, e, por isso, não pode ser tratada como algo periférico. Sustentabilidade, aqui, é agenda central. O Conselhão não se resume a um espaço de escuta. Trata-se de uma ferramenta estratégica da democracia, voltada à mediação de interesses e à construção de propostas estruturantes. Com uma atuação firme e agregadora, a nova gestão reafirma o propósito de colocar a diversidade de vozes a serviço de um país mais justo, moderno e sustentável. Como resumido ao final, não se trata de ser a favor de um governo, trata-se de ser a favor do Brasil. Acesse e assine nosso canal no Youtube e não perca nenhuma novidade em tempo real: A Hora e a Vez da Pequena Empresa Voltar ao blog