Há anos registrando baixo crescimento, a economia brasileira é vista com preocupação pelo ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação, Fernando Haddad. Em entrevista exclusiva ao programa “A Hora e a Vez da Pequena Empresa”, que pode ser visto no YouTube, ele afirma que o governo deveria ter adotado medidas de estímulo. “São mais de sete anos de estagnação e desemprego. Os preços de bens e serviços não estão cabendo no orçamento das famílias, o empresário está retraído e temos ainda de lidar com os acontecimentos mundiais”. Na avaliação de Haddad, que também é pré-candidato ao Governo de São Paulo, o Brasil precisa recuperar a autoridade do Executivo para poder planejar o futuro e isso é uma questão eminentemente política. “O governo se deixou capturar pelo centrão para ter base de apoio, mas isso está corroendo a capacidade de atuação. O Congresso Nacional se apossou do orçamento. Hoje mais da metade de todo investimento público federal é de emendas parlamentares sem conexão com o todo, ou seja, baixo impacto na produtividade da economia brasileira”, declara.
A consequência deste cenário, segundo Fernando Haddad é manutenção da inflação, ainda que menor do que em 2021. Além disso, nas palavras dele, o governo dolarizou a economia brasileira a começar pelos combustíveis, impactando nos alimentos. “Isso não cabe no bolso dos brasileiros. Estamos apertando o cinto e chegará o momento em que o gasto se tornará incomprimível. Quando esse momento chegar, como as pessoas vão gerir o orçamento familiar?”, indaga.
O pré-candidato destaca ainda o desafio de conter o aumento da carga tributária como um dos maiores para o Brasil. Segundo Haddad, o governo cometeu um erro brutal contra as pequenas empresas quando tentou impedir a possibilidade de reparcelamento dos débitos do Simples Nacional. “Cerca de 800 mil empresas encerraram atividades durante a pandemia. Quem permanece depois dessa crise merece uma chance. São estas empresas que vão gerar os empregos necessários ao país. É preciso haver sensibilidade do governo em meio à tragédia econômica e humanitária”, conclui.
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